Descubra se essa solução moderna é ideal para o seu prédio

A portaria remota (ou virtual) tem se tornado cada vez mais popular no Brasil. A promessa é clara: mais segurança, redução de custos e modernização da gestão condominial. Mas surge a dúvida entre síndicos e moradores: será que esse modelo serve para qualquer condomínio?

O problema: expectativas e limitações

Embora a portaria remota seja eficiente, nem todos os condomínios estão prontos para implementá-la de imediato. Os principais desafios são:

• Estrutura física inadequada, como portões antigos, falta de clausura ou ausência de câmeras.
  
• Resistência dos moradores, que muitas vezes ainda preferem o contato humano do porteiro presencial.
  
• Questões legais e quórum, já que a substituição da portaria presencial precisa ser aprovada em assembleia, conforme o art. 1.351 do Código Civil e a Lei 4.591/1964 (Lei dos Condomínios).
  

De acordo com especialistas em direito condominial e órgãos como o Instituto Brasileiro de Direito Imobiliário (IBRADIM), a viabilidade da portaria remota depende tanto da infraestrutura tecnológica quanto da decisão coletiva dos condôminos, registrada em ata de assembleia.

Em quais condomínios a portaria remota funciona melhor?

1) Condomínios residenciais de médio porte
Com fluxo de entrada e saída moderado, a solução traz grande economia sem comprometer a agilidade.

2) Condomínios comerciais ou mistos
A portaria virtual é vantajosa quando há alto controle de acessos e registros digitais de visitantes e prestadores.

3) Condomínios novos ou reformados
Prédios que já contam com eclusa, câmeras e portões automatizados conseguem migrar para o modelo de forma rápida e eficiente.

Dicas práticas para avaliar a viabilidade

• Realize um diagnóstico de infraestrutura: verifique se o condomínio possui sistemas de monitoramento e controle de acesso adequados.
  
• Apresente estudo de custos: demonstre a economia em comparação ao modelo tradicional, incluindo encargos trabalhistas previstos na CLT.
  
• Defina o quórum de aprovação: em caso de alteração da convenção, pode ser necessário quórum de 2/3 dos condôminos, conforme o Código Civil.
  
• Contrate empresa especializada: assegure que o prestador cumpra a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), já que dados de moradores e visitantes serão tratados digitalmente.
  

A portaria remota não é uma solução “tamanho único”, mas quando bem planejada, aprovada em assembleia e implementada com a infraestrutura correta, traz mais segurança, tecnologia e economia significativa para o condomínio.

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